ZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34) - Dossier de demande d'autorisation préfectorale au titre des articles L.214.1 à L.214.6 du Code de ...

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ZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34)

Dossier de demande d'autorisation
préfectorale au titre des articles L.214.1
à L.214.6 du Code de l'Environnement
Résumé non technique

RIV 40353A                                   Juillet 2016
ZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34) - Dossier de demande d'autorisation préfectorale au titre des articles L.214.1 à L.214.6 du Code de ...
Informations qualité

Co n trô le q u a lité

  Ve rs io n         Da te                   Ré d ig é p a r   Vis é p a r :
  V12                Octobre 2015            D.PARISOT         C. LESCOULIER
  Vdef               Février 2016            D.PARISOT         C. LESCOULIER
  V10                Juin2016                D.PARISOT         C.LESCOULIER
  V11                Juillet 2016            D.PARISOT         C.LESCOULIER

De s tin a ta ire s

  En vo yé à :
  No m                              Org a n is m e                             En vo yé le :
  Yann BONNIN                       SAAM                                       Juillet 2016
  Frédéric SERRADEIL                SAAM                                       Juillet 2016

  Co p ie à :
  No m                              Org a n is m e                             En vo yé le :
  Fabien BLASCO                     3M                                         Juillet 2016
  Christine TORRES                  3M                                         Juillet 2016
  Nicolas ZUMBIEHL                  3M                                         Juillet 2016
  Camille PRAT                      3M                                         Juillet 2016

2BZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34)
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Table des matières

        P ré a m b u le ................................................................................................................... 6
        1.1        Le c o n te xte g é n é ral ......................................................................................... 6
        1.2        Le s é tu d e s p ré ala b le s ..................................................................................... 6
        1.3        Io ta inté g ra te ur ................................................................................................ 6

P iè c e 1 - No m s e t a d re s s e d u d e m a n d e u r .................................................... 7

P iè c e 2 - Em p la c e m e n t s u r le q u e l le s tra va u x d o ive n t ê tre ré a lis é s .......... 7

P iè c e 3 - Na tu re , c o n s is ta n c e , vo lu m e e t o b je t d e s o u vra g e s e t tra va u x
       e n vis a g e s , e t ru b riq u e s d e la n o m e n c la tu re d a n s le s q u e ls ils d o ive n t
       ê tre ra n g é s ................................................................................................ 9

1.      La ZAC ODE Ac te 2 ................................................................................ 10

2.      La ZAC ODE Ac te 2, le p ro je t e n c h iffre s ............................................ 12

3.      Le s a m é n a g e m e n ts h yd ra u liq u e s s u r la ZAC ODE Ac te 2 ................ 13

4.      Ru b riq u e s d e la n o m e n c la tu re d a n s le s q u e ls le s o u vra g e s e t tra va u x
        d o ive n t ê tre ra n g é s ................................................................................ 21

P iè c e 4 - Do c u m e n t d ’in c id e n c e s d u p ro je t s u r la re s s o u rc e e n e a u , le
       m ilie u a q u a tiq u e , l’é c o u le m e n t, le n ive a u e t la q u a lité d e s e a u x, y
       c o m p ris d e ru is s e lle m e n t ..................................................................... 22

1.      Eta t in itia l la re s s o u rc e e n e a u , le m ilie u a q u a tiq u e , l’é c o u le m e n t, le
        n ive a u e t la q u a lité d e s e a u x e t d e s é lé m e n ts a s s o c ié ...................... 23

        1.1        Milie u p h ys iq u e ............................................................................................. 23
        1.2        Milie u a q u a tiq u e ............................................................................................ 24
        1.3        Vo irie e t ré s e a u x d ive rs ................................................................................ 30

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1.4       Milie u x n a ture ls ............................................................................................. 30
        1.5       P a trim o in e ...................................................................................................... 32

2.      Eva lu a tio n d e s in c id e n c e s d u p ro je t s u r la re s s o u rc e e n e a u , le
        m ilie u a q u a tiq u e , l’é c o u le m e n t, le n ive a u e t la q u a lité d e s e a u x, y
        c o m p ris d e ru is s e lle m e n t e t m e s u re s a s s o c ié e s ............................... 33

        2.1       In c id e n c e s d u p ro je t s u r le s e a u x s o u te rra in es e t m e s u res a s s o cié es ..... 33
        2.2       In c id e n c e s d u p ro je t s u r le s e a u x d e s u rfa c e e t d e ru is s e lle m e nt – as p e c ts
                  q u a n titatifs ..................................................................................................... 34
        2.3       In c id e n c e s d u p ro je t s u r le s e a u x d e s u rfa c e e t d e ru is s e lle m e nt – as p e c ts
                  q u a lita tifs ....................................................................................................... 39
        2.4       In c id e n c e s d u p ro je t s u r la g e s tio n d e s e a u x u s é e s ................................... 40
        2.5       In c id e n c e s d u p ro je t s u r l’a lim e nta tio n e n e au p o ta b le .............................. 41
        2.6       In c id e n c e s s u r le m ilieu a q u a tiq u e et le s e s p èc e s a s s o c ié e s .................... 41

3.      Eva lu a tio n d e s in c id e n c e s d u p ro je t s u r le s s ite s Na tu ra 2000 ........ 45

4.      An a lys e d e la c o m p a tib ilité d u p ro je t a ve c le s o u tils d e g e s tio n d e la
        re s s o u rc e e n e a u ................................................................................... 46

        4.1       P ré s e n ta tio n d e s o u tils d e g e s tio n d e la re s s ou rc e e n e a u ....................... 46
        4.2       Co m p a tibilité d u p ro je t a ve c le s o u tils d e g e s tio n d e la re s s o u rc e en e a u
                  ........................................................................................................................ 51

5.      J u s tific a tio n d u p ro je t ........................................................................... 55

P iè c e n °5 - Mo ye n s d e s u rve illa n c e p ré vu s e t, s i l’o p é ra tio n p ré s e n te u n
       d a n g e r, le s m o ye n s d ’in te rve n tio n e n c a s d ’in c id e n t o u d ’a c c id e n t 56

1.      Me s u re s d e p ré ve n tio n e t d e s u rve illa n c e .......................................... 57

2.      Me s u re s re la tive s a u x m o ye n s d ’in te rve n tio n e n c a s d ’a c c id e n ts ... 58

P iè c e n °6 – Elé m e n ts g ra p h iq u e s u tile s à la c o m p ré h e n s io n d u d o s s ie r 59

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Liste des figures

Figure 1 : Localisation de l'aire d'étude ODE - Acte 2 ........................................................................................ 8

Figure 2 : Principe d’aménagement de la zone de l’Estanel ............................................................................ 16

Figure 3 : Zone d’expansion des eaux sur la zone humide de l’Estanel en crue centennale ....................... 27

Figure 4 : Zonages réglementaires à l’échelle du périmètre éloigné .............................................................. 31

Figure 5 : Enjeux écologique de la zone d’étude .............................................................................................. 32

Figure 6 : Incidence de la ZAC ODE Acte 2 sur les débits de pointe et les hauteurs d’eau.......................... 36

Figure 7 : Impact du schéma directeur du Negue Cats en crue centennale................................................... 38

Liste des photographies

Photographie 1 : Axe stratégique de Montpellier à la mer - source : Atelier de concertation Ode Acte 2 –
Montpellier Agglomération ................................................................................................................................. 10

Liste des tableaux

Tableau 1 : Rubriques de la nomenclature dans lesquels les ouvrages et travaux doivent être rangés .... 21

Tableau 2 : Objectifs d’atteinte du bon état des masses d’eau - source : SDAGE RMC ............................... 29

Tableau 3 : Zones de Protection Spéciale (ZPS)............................................................................................... 31

Tableau 4 : Sites d'importance communautaire (SIC) ...................................................................................... 31

Tableau 5 : Incidence de la ZAC ODE Acte 2 sur les débits de pointe, Crues inférieures ou égales à la crue
centennale ............................................................................................................................................................ 35

Tableau 6 : Analyse de la compatibilité du projet ODE Acte 2 avec le SDAGE Rhône - Méditerranée 2016-
2021 ...................................................................................................................................................................... 51

Tableau 7 : Analyse de la compatibilité du projet ODE Acte 2 avec le SAGE Lez – Mosson - Etangs
Palavasiens .......................................................................................................................................................... 52

Tableau 8 : Analyse de la compatibilité du projet ODE Acte 2 avec le Plan de Gestion des Risques
d’Inondation 2016-2021 du Bassin Rhône Méditerranée.................................................................................. 53

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P ré a m b u le

1.1 Le c o n te xte g é n é ra l
L’opération d’aménagement d’ensemble ODE à la Mer sur le territoire dit de la « Route de la Mer »
consiste en une véritable reconquête urbaine et commerciale d’un territoire reliant historiquement
Montpellier aux plages du littoral par l’axe de l’avenue Georges Frêche (anciennement dénommée
RD21 – Route de Carnon/Route de la Mer).
Ce sont 250 hectares repensés par Montpellier Agglomération, pour réinventer la ville dans une
logique de mixité des fonctions urbaines et de revalorisation des espaces naturels singuliers :
 6 000 à 8 000 logements,

 75 000 m2 de bureaux et d’activités,

 100 000 m2 de commerces, en renouvellement des surfaces existantes (+/- 5%),

 45 000 m2 d’équipements publics.

1.2 Le s é tu d e s p ré a la b le s
Dans la cadre du dossier de création de la ZAC Ode Acte 2, une étude d’impact a été réalisée. Elle a
été instruite par les services de l’Etat et a fait l’objet d’un avis favorable de l’autorité environnementale
en 2013. Cette étude d’impact a été soumise à enquête publique. L’étude d’impact et son volet milieux
naturels figurent en annexe 2 et 3 du dossier.
Une étude préalable des aménagements hydrauliques du secteur de l’Ecocité (dont fait partie la
ZAC Ode Acte 2) et plus particulièrement les bassins versants de la Lironde et du Nègue Cat a fait
l’objet d’un courrier de la DDTM/SER le 19 mai 2011 définissant les grandes orientations
d’aménagement des ouvrages hydrauliques dans le secteur du projet Ode à la Mer.

Par ailleurs, la problématique hydraulique sur le secteur d’étude a été étudiée à plus grande échelle,
afin de garantir la cohérence des aménagements prévus par les différents projets : A9b, CNM, Gare
Nouvelle de Montpellier, pôle urbain gare nouvelle et projet ODE à la Mer à l’aval du bassin versant.
Pour ce faire, un schéma directeur du Nègue Cats a été élaboré en 2013-2014. Ce schéma
directeur permet d’avoir une vision de l’état hydraulique sur le bassin versant au terme des
différents projets et d’assurer la coordination d’ensemble.
Ce schéma directeur a été approuvé par courrier de la DDTM en date du 27 Mars 2014.

1.3 Io ta in té g ra te u r
La procédure du Iota Intégrateur ne nécessite pas de pièce complémentaire pour le présent dossier.

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                      Pièce 1 - Noms et adresse du demandeur

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                                              45 Place Ernest Granier
                                                    CS 29502
                                           34960 MONTPELLIER CEDEX 2
                                             SIRET : 52113071600017

     Pièce 2 - Emplacement sur lequel les travaux doivent être
                            réalisés
Le périmètre du projet ODE Acte 2, traversé du Nord au Sud par l’avenue Georges Frêche
(anciennement appelée RD21 ou Route de la mer) se situe sur les territoires de Lattes et Pérols, dans
le département de l’Hérault (34) et à quelques kilomètres au Sud-Est de Montpellier en direction du
Littoral.
Le projet de la ZAC ODE Acte 2, d’une superficie de 112 hectares, est idéalement positionné dans
une zone stratégique, à proximité immédiate de l’A9 (moins de 2 km au Nord de la zone) et de la RD
66 (moins d’1 km à l’Est de la zone), ainsi que du Parc des Expositions et l’Aéroport International de
Montpellier-Méditerranée (périmètre éloigné).
Son emprise comprend également les centres commerciaux Carrefour Grand Sud (Lattes) et Auchan
Plein Sud (Pérols).
Deux axes transversaux sont à noter, à savoir la RD 172 et la RD 189, qui la traversent d’Ouest en
Est.
La ZAC Ode Acte 2 est également desservie par la ligne 3 du Tramway (arrêts Boirargues, EcoPôle,
Parc Expo) ainsi que par les lignes de bus 106, 107 et 125 (Hérault Transport, Syndicat mixte des
transports en commun de l'Hérault).

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                                 Figure 1 : Localisation de l'aire d'étude ODE - Acte 2

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 Pièce 3 - Nature, consistance, volume et objet des ouvrages et
   travaux envisages, et rubriques de la nomenclature dans
                lesquels ils doivent être rangés

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         1.         La ZAC ODE Ac te 2

Aujourd’hui, l’axe stratégique de Montpellier à la mer représente une zone vieillissante avec un bâti et
des aménagements dégradés, et une accessibilité piétonne difficile. La zone très étalée est
monofonctionnelle, fort d’un architecture type « boite » et s’accompagnent de quelques espaces
                                                                                               er
naturels délaissés. La mise en service de la ligne 3 de tramway en avril 2012 constitue le 1 grand
aménagement structurant du secteur, ouvrant la voie du changement le long de cet axe.
Ce projet de ZAC d’une surface de 112 ha autour de cet axe poursuit la mutation du commerce dans
le cadre d’un renouvellement urbain qui organise logements, bureaux, activités et équipements en
îlots structurés autour des trois stations existantes de tramway de la Route de la Mer (avenue
Georges Frêche), ponctués par des espaces naturels qui retrouvent leur place et leur identité.

                                                        SOLIS / SORIECH
                                                                                      CARREFOUR GRAND SUD

                                                                                             ODE ACTE 1

                                           FENOUILLET

           AUCHAN PLEIN
           SUD

 Photographie 1 : Axe stratégique de Montpellier à la mer - source : Atelier de concertation Ode Acte 2 –
                                      Montpellier Agglomération

Les objectifs d’Ode Acte 2 reprennent les objectifs généraux du projet urbain défini dans la
délibération n°11397 de la Communauté de l’Agglomération de Montpellier du 12 février 2013
     -      construire la ville de la biodiversité en intégrant les espaces naturels et agricoles, avec pour
            enjeux le maintien de l’agriculture et la consolidation des limites de l’urbanisation, le
            renforcement des corridors hydrologiques et la mise en réseaux des différents entités

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            naturelles (trames verts et bleues) ; et la restitution lorsque cela sera possible, de corridors
            écologiques
     -      organiser les déplacements à partir des mobilités durables, en articulant le tramway et les
            réseaux de mobilité douces comme éléments structurants du système de déplacement, en
            repensant la chaine des déplacements et en intégrant la problématique de la logistique
            urbaine (approvisionnement commerces, livraison des clientèles) ; dans cette phase de
            l’aménagement, seront intégrées aux démarches urbaines les actuelles et futures stations de
            tramway de la Ligne 3 (Boirargues, EcoPôle, Parc expo, mais aussi celles à venir pour
            desservir Boirargues et le futur Pôle Autonomie / Hauts de Lattes) ;
     -      maîtriser la performance énergétique et la ville à bas carbone, en intégrant les spécificités
            méditerranéennes et promouvant une rationalisation de l’offre, une réduction de la
            consommation énergétique et des bâtiments à basse consommation avec confort thermique ;
     -      organiser la mutation du commerce et le renouvellement urbain vers la mixité fonctionnelle et
            sociale, en promouvant des opérations mixtes dans le tissu commercial, avec logements et
            services, articulés avec le système de déplacement. Sont notamment concernés : le secteur
            Grand Sud Carrefour sur les communes de Lattes et Pérols, et le secteur Plein Sud Bir
            Hakeim sur la commune de Pérols, la reconquête des quartiers commerciaux du Fenouillet,
            du Delta, du Solis ainsi que les façades du Soriech et de Boirargues face à Grand Sud.
     -      Intégrer la question hydraulique dans la conception du projet, avec la nécessité de maîtriser
            globalement le risque hydrologique et en particulier d’assurer, lorsque cela s’y prête, la «
            réparation » hydraulique des secteurs imperméabilisés en renouvellement urbain et
            positionner des équipements hydraulique structurants.

Pour cela, des équipements hydrauliques structurants seront mis en place, conformément au Schéma
Directeur du Nègue Cats. Une gestion dynamique de ces ouvrages permettra d’optimiser leur
fonctionnement en période de crue.

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Egis Eau

         2.      La ZAC ODE Ac te 2, le p ro je t
              e n c h iffre s

Le périmètre représente 112 ha environ, dont moins de 20% en extension urbaine :
     -      14,1 ha environ (12,5%) de zones naturelles préservées,
     -      19,2 ha environ (17,1%) de zone à urbaniser en extension urbaine,
     - 78,7 ha environ (70,3%) de zones déjà urbanisées à usage de constructions et voiries en
       renouvellement urbain.
Les constructions existantes au sein du périmètre se montent à environ 142 000 m² de surfaces de
plancher. Ces surfaces sont quasi exclusivement à usage de commerces.
Le programme des constructions du projet urbain d’ODE Acte 2 prévoit à terme environ 640 000 m² de
surfaces de plancher, dont environ 560 000 m² de surfaces de plancher destinées à être créées ou
modernisées, auxquelles s’ajoutent environ 80 000 m² de surface de planchers existantes destinées à
être maintenues.

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Egis Eau

         3.      Le s a m é n a g e m e n ts
              h yd ra u liq u e s s u r la ZAC ODE
              Ac te 2

Objectifs des aménagements :

Ils correspondent à ceux du schéma directeur hydraulique du Nègue Cats, élaboré par Montpellier
Méditerranée Métropole et la SAAM et validé par les services de l’Etat le 27 mars 2014.
Ce schéma directeur a été élaboré dans le but de respecter les principes suivants :
     -      réduire les inondations sur les secteurs urbanisés existants,
     -      limiter les développements urbains aux secteurs non concernés par les risques,
     -      assurer la compensation règlementaire des aménagements réalisés,
     -      réduire la pollution diffuse dans le milieu naturel,
     -  coordonner l’ensemble des aménagements hydrauliques (quartiers Mogère et ODE, DDA9,
        CNM, Gare nouvelle) sur le bassin versant.
Ce schéma directeur s’inscrit ainsi dans une politique de réparation de l’existant afin de réduire les
inondations sur les secteurs urbanisés durant les dernières décennies sans précaution suffisante du
point de vue des risques hydrauliques.
Ainsi, les aménagements hydrauliques sur ODE visent notamment :
     -      La compensation règlementaire du développement urbain : bassins de rétention structurants à
            l’échelle du secteur opérationnel.
     -      La compensation de l’urbanisation réalisée, avant la Loi sur l’eau, sans compensation
            (réparation de l’existant) et la réduction des inondations sur les secteurs à enjeux existants.
            Ces aménagements seront mis en place au fur et à mesure du déplacement des enseignes
            commerciales existantes et de leur repositionnement le long de l’avenue de la Mer.
     -      Le traitement qualitatif des rejets (diminution de la pollution diffuse apportée par les surfaces
            imperméabilisées et traitement de la pollution accidentelle).

L’aménagement autour du marais de l’Estanel notamment, en permettant de traiter la pollution diffuse
et accidentelle, constitue une amélioration significative de l’existant.

Les prescriptions départementales en termes de calcul de la compensation des surfaces
imperméabilisées dans le cadre d’une procédure d’Autorisation au titre des articles L.214-1 à L.214-6
du Code de l’Environnement ont été fixées dans une publication de la Direction Départementale des
Territoires et de la Mer de l’Hérault en date du 02 Octobre 2012.
« Les volumes de compensation de l’imperméabilisation à prévoir sont calculés par les deux
méthodes suivantes et on retient la valeur la plus importante :

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Egis Eau

        MISE 34 : 120 litres de rétention par m² imperméabilisé et débit de fuite (Qf) du bassin de
            compensation compris entre le débit biennal (Q2) et le débit quinquennal (Q5) de l’état actuel
            avant aménagement (Qf apprécié lors de l’instruction en fonction des enjeux)
        Méthode de simulation hydraulique, protection centennale »

       Les surfaces imperméabilisées par le projet ODE Acte 2 ont été définies par l’application d’un
       coefficient d’imperméabilisation global à chacun des ilots urbains.
       Ce coefficient d’imperméabilisation a ensuite été converti en coefficient de ruissellement appliqué à
       l’échelle de chacun des sous bassins versant du Nègue Cats.

       Par application du principe d’amélioration de l’existant défini dans le schéma directeur du
       Nègue Cats, les surfaces imperméabilisées sur les secteurs de renouvellement urbain
       (présentant donc une imperméabilisation existante en situation actuelle) seront, dans la
       mesure du possible, compensées au même titre que les surfaces nouvellement
       imperméabilisées sur les secteurs de développement urbain.

       Les volumes de rétention calculés par les deux méthodes ci-dessus sont donnés par le tableau ci-
       dessous :

                                                                              Simp
                                           S totale             Simp projet           Simp créée V (120 l/m²) V Modélisation
 Bassin versant           Secteur                   Cimp projet             existante
                                             (m²)                  (m²)                  (m²)        (m³)         (m³)
                                                                              (m²)
                        Solis/Soriech      63983       0.77        49028        51186       -2158
                      Pôle Autonomie       202886      0.57        116386       19925       96461
Marais de l'Estanel
                       Estagnol/Delta      103500      0.78        80730        22800       57930
                                                               Total marais de l'Estanel    152233     18268              18 800
                      Foyer des jeunes
                                            2170       0.84         1823           0        1823         220                103
                      travailleurs (FJT)
                      Fenouillet Nord       64170      0.27         17624       51336       -33712
    Fenouillet        Auchan/Bir Akeim 171550          0.86        147811       137240      10571
                                                                                                       Aucune imperméabilisation
                                                              Total Fenouillet (hors FJT)   -23141               nouvelle,
                                                                                                     utilisation des bassins existants

       Description du projet hydraulique

       Marais de l’Estanel
       La zone humide existante (marais de l’Estanel) récupère actuellement les eaux issues du
       ruissellement pluvial des secteurs périphériques. Elle constitue l’exutoire pluvial naturel des différents
       secteurs concernés par le projet d’aménagement ZAC ODE Acte 2 : Soriech, Solis, Estagnol, Delta,
       Pôle Autonomie.
       Conformément aux orientations d’aménagement établies dans le cadre du schéma directeur du Nègue
       Cats réalisé en 2014, le principe retenu est d’utiliser cette zone naturelle afin de stocker, après
       traitement, les eaux issues des secteurs périphériques du projet urbain. La modélisation hydraulique
       2D a permis de définir le volume nécessaire et les conditions de mise en œuvre.

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Egis Eau

Compensation de l’imperméabilisation
En situation actuelle, une partie des eaux issues de ces secteurs sont d’ores et déjà stockées par le
marais de l’Estanel. Le volume nécessaire à la compensation de l’urbanisation de ces secteurs
                                                                                                   3
(compensation de l’urbanisation nouvelle et réparation de l’urbanisation existante) est de 18 800 m .
Le stockage de ce volume entraîne une rehausse de 16 cm du niveau d’eau dans le marais de
l’Estanel.
Le bassin versant actuel drainé par ce marais a une superficie de 81.74 ha. Le débit quinquennal
                                                                   3
actuel calculé à l’aide de la méthode rationnelle est de 4.3m /s. Le débit de fuite de l’ouvrage de
                      3
rétention est de 1.7m /s : il est bien inférieur au débit quinquennal actuel.
Aucun terrassement n’est nécessaire à l’intérieur de la zone pour permettre le stockage du volume
supplémentaire issu de l’urbanisation des secteurs Estagnol et Pôle autonomie.
Aucun terrassement n’est nécessaire à l’intérieur de la zone pour permettre le stockage du volume
supplémentaire issu de l’urbanisation des secteurs Estagnol et Pôle autonomie.
Très localement, la berge rive droite du fossé constituant la limite Sud du marais présente une cote
inférieure à la cote de remplissage du marais en crue centennale à l’état futur. La berge du fossé sera
donc rehaussée ponctuellement. La hauteur maximum de cette rehausse est de 1 cm, sur un linéaire
de 15 m. Cet aménagement très localisé permet au marais de l’Estanel d’assurer le stockage des
eaux de ruissellement à l’état projet jusqu’à une occurrence centennale, sans débordement et sans
déblai.

Gestion dynamique du marais de l’Estanel :
Les principaux bassins de rétention du schéma directeur du Nègue Cats seront équipés d’ouvrages
permettant la gestion dynamique des bassins.
Gérée à partir des données de l’outil Ville en alerte (outil en cours de développement par Montpellier
Méditerranée Métropole pour la surveillance, la prévision, l’alerte et la gestion collaborative de crise
liée au risque inondation), la gestion dynamique permettra d’optimiser en temps réel la capacité de
stockage des bassins en période de crue en fonction des conditions hydrométéorologiques et
d'écoulement des cours d’eau et également d’optimiser le traitement de la pollution diffuse et
accidentelle en période normale.

L’efficacité des bassins telle que définie par le schéma directeur sera donc significativement améliorée
par la gestion dynamique, diminuant les risques inondation à l’aval et assurant une marge de sécurité
supplémentaire tant sur le plan quantitatif que qualitatif.
Le marais de l’Estanel fait partie des aménagements prioritaires pour la mise en place de la gestion
dynamique. Ainsi l’exutoire du marais sera équipé d’un ouvrage de régulation dynamique.

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Egis Eau

Traitement de la pluie bimestrielle
A noter également qu’en vue d’améliorer la qualité des eaux de surface de la zone, les eaux pluviales
des secteurs urbanisés ne sauraient être rejetées directement au milieu récepteur. Afin de traiter les
eaux pluviales avant rejet vers le marais de l’Estanel, des fossés périphériques seront aménagés de
façon à drainer les pluies les plus courantes qui sont les plus chargées en pollution. L’objectif de
traitement est une pluie de période de retour 2 mois et de durée 15 min.
Au Nord du marais, une zone d’expansion naturelle existe à l’heure actuelle et recueille les eaux
pluviales du Soriech et du Solis. Cette zone sera conservée de façon à abattre naturellement une
partie de la pollution chronique. Elle sera aménagée avec la mise en place d’un dispositif de contrôle
de façon à pouvoir traiter la pluie bimestrielle, pour un volume de 2 100 m³.
Au-delà de la pluie bimestrielle, les écoulements surverseront par le déversoir puis au-delà d’une
certaine cote, sur le merlon de cantonnement implanté entre le marais et cette zone d’écoulement
naturelle. Les faibles hauteurs d’eau de stockage sur une surface très importante produiront
naturellement un abattement de la pollution. Le système sera complété par la mise en œuvre d’une
roselière à l’aval de la zone d’expansion.

Au Sud du marais, aucune zone d’expansion naturelle n’existe à l’heure actuelle. Un fossé
périphérique dimensionné pour un évènement centennal permettra de drainer les eaux pluviales de
l’Estagnol et du Delta jusqu’à une zone de traitement. Ce fossé permettra de protéger le camping
jusqu’à une occurrence centennale. Le fossé existant, implanté en bordure du marais au Nord du
camping, sera conservé pour drainer les eaux pluviales du camping. En aval, un bassin de traitement
                                                                            3
sera aménagé de façon à stocker une pluie bimestrielle de 700 m . Ce bassin sera équipé d’un
dispositif de contrôle constitué d’un double orifice de fuite et d’une surverse calée 40 cm au-dessus de
la cote fil d’eau de l’orifice de fuite. Au-delà de la pluie bimestrielle, les écoulements transiteront par
cette surverse pour se stocker dans le marais. Le bassin sera constitué d’un système de traitement
naturel de type roselières.

                             Figure 2 : Principe d’aménagement de la zone de l’Estanel
2BZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34)                                                    Page 16
Egis Eau

Remblais en zone inondable
Un secteur en bordure du marais de l’Estanel à urbaniser en état projet est inondé en état actuel.
Ce secteur sera remblayé à la cote 6.10m NGF (cote centennale projet + revanche de sécurité de
45cm) de façon à protéger les nouvelles constructions pour une occurrence centennale.

    Secteur remblayé à
    la cote 6.10 m NGF

                                                2
La surface totale à remblayer est de 10 300 m , dont 5 100 m² en zone inondable (en rouge sur la
figure ci-dessus), ce qui représente un volume d’inondation soustrait de 1 500 m³.
Cette diminution de volume sera compensée par un surstockage dans le marais de l’Estanel. Ce
stockage représente une hauteur de 1cm dans le marais.
A noter qu’une modélisation de la crue centennale à l’état projet a été réalisée avec une hypothèse
d’obstruction de l’ouvrage de sortie du marais. Dans ces conditions, la cote de remplissage dans le
marais est de 5.91 m NGF. La mise hors d’eau de ce secteur au Sud du marais est donc assurée y
compris en cas de dysfonctionnement de l’ouvrage de fuite du marais.

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Egis Eau

Bassin versant du Fenouillet

     •      Lot 1 :
Le premier projet du secteur Fenouillet Nord prévoit la création d’un foyer jeune travailleur sur le
terrain de l’ancien délaissé du giratoire de l’ex-RD21 au carrefour entre l’avenue G. Frêche et la RD
172. Ce projet entraine une imperméabilisation complémentaire de 1800 m², imperméabilisation au
caractère provisoire compte tenu que le projet prévoit une diminution sensible de l’imperméabilisation
du secteur Fenouillet comme décrit au paragraphe suivant.
Par application des prescriptions départementales pour le dimensionnement des ouvrages de
compensation de l’imperméabilisation, le volume de rétention à mettre en œuvre est de 220 m³.
Ce volume permet d’assurer une protection centennale à l’état futur d’occupation des sols du lot 1.
Le bassin de compensation sera réalisé à l’Ouest de la parcelle concernée selon les plans définis sur
la figure ci-après et se rejettera dans le fossé existant le long de l’Avenue Georges Frêche.
Le débit de fuite sera pris égal au débit quinquennal avant aménagement, soit 0.023 m³/s. Ce débit
est compatible avec la capacité du fossé exutoire.
La surverse sera dimensionnée pour permettre d’évacuer le débit centennal du projet.

     •      Principe général :
Sur le bassin versant du Fenouillet, il est prévu à terme de déplacer les enjeux actuels de façon à
réduire leur vulnérabilité. Le projet de la ZAC ODE Acte 2 prévoit de diminuer l’imperméabilisation des
secteurs en renouvellement urbain. Dans le cadre du projet d’ensemble ODE, une partie du bâti située
en zone rouge PPRI sera supprimée.
La diminution du bâti se fera au fur et à mesure des opportunités foncières de l’aménageur car les
bâtis sont actuellement occupés, principalement par des commerces.
2BZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34)                                                 Page 18
Egis Eau

Il est donc envisagé, après accord avec la Police de l’Eau, de réutiliser les ouvrages de rétention
existants sur le secteur sous réserve de ne pas augmenter l’urbanisation existante du secteur.
Le coefficient d’imperméabilisation actuel de ce bassin versant global est de 0.53.
En état futur, ce coefficient d’imperméabilisation sera de 0.41. L’urbanisation ne sera pas
augmentée, les bassins existants peuvent donc être réutilisés en attendant la maîtrise du
foncier.

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Egis Eau

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                                                                  Surface    H
Bassins de           Type                              Volume                       Ø orifice de    des           de                                                               Accessoires de
                                      Fonction                    moyenne   utile                                          Equipements                Rampe d’accès
 rétention        d’ouvrage                             (m³)                        fuite en mm    talus       surverse                                                               sécurité
                                                                   en m²    en m
                                                                                                    H/V          en m

                                                                                      Double                                  Vanne             Non (ouvrage de très faible
    BR                                                                                orifice                  L= 17 m       martelière
                  Aérien en          Traitement                                                    3/2                                         profondeur, longitudinal donc
Traitement                                                  700    4 000    0.4                                                                                                         Clôture
                   déblais            qualitatif                                       Ø100        min        H= 0.2 m       Cloison          accessible en totalité depuis les
Estanel Sud
                                                                                                                             siphoïde             berges pour l’entretien)
                                                                                       Ø400

                                                                                      Double                                  Vanne                                                Pas clôturé (pas
    BR
                                                                                      orifice                  L= 55 m       martelière                                           de décaissement,
Traitement       Stockage sur        Traitement                                                    3/2                                      Non (pas de décaissement, stockage
                                                        2 100     15 000    0.3                                                                                                      stockage en
 Estanel        terrain naturel       qualitatif                                       Ø100        min        H= 0.2 m       Cloison           en surface sur terrain naturel)
                                                                                                                                                                                  surface sur terrain
   Nord                                                                                                                      siphoïde
                                                                                       Ø400                                                                                            naturel)

                                   Compensation
                                                                                                                Pas de        Vanne
                                          de
                                                                                                               surverse      martelière                                             Maintien de la
                                  l’imperméabilis
                                                                                      Ø1000                     sur la                                                             clôture existante
                                    ation et de la                                                                           A terme :      Non (pas de décaissement, stockage
 Marais de      Surinondation                                                         existant                  RD21                                                               en périphérie du
                                  suppression de        18 800    192 700   0.17                    X                         Gestion       par surinondation de la zone humide
 l’Estanel       du marais                                                             sous                   jusqu’à la                                                          marais avec accès
                                       la zone                                                                             dynamique du                  existante)
                                                                                     Carrefour                   crue                                                               contrôlé par un
                                    inondable au                                                                            débit sortant
                                                                                                              exception-                                                          portail fermé à clef
                                   Sud-Ouest du
                                                                                                                 nelle
                                       marais

                                   Compensation                                                                               Vanne             Non (ouvrage de très faible
   Lot 1                                                                                                      L = 2.5 m      martelière                                            Noue de faible
                   Noue de              de                                                                                                     profondeur, longitudinal donc
 Fenouillet                                             220 m³    340 m²    0.9        Ø100         3/2                                                                            profondeur, pas
                   rétention      l’imperméabilis                                                             H = 0.1 m      Cloison          accessible en totalité depuis les
   Nord                                                                                                                                                                               de clôture
                                       ation                                                                                 siphoïde             berges pour l’entretien)

2BZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34)                                                                  Page 20
4.         Ru b riq u e s d e la n o m e n c la tu re
               d a n s le s q u e ls le s o u vra g e s e t
               tra va u x d o ive n t ê tre ra n g é s

Le projet de réalisation de la ZAC ODE Acte 2 entre dans la nomenclature des opérations soumises à
autorisation au titre des articles L 214-1 et suivants du Code de l’Environnement.
La nomenclature des opérations soumises à autorisation est donnée par l’article R 214-1 du Code de
l’Environnement. Le projet de réalisation de la ZAC Ode Acte 2 est concerné par les rubriques
suivantes :

                                                                                                               Na tu re d e la
Ru b riq u e                                   De s c rip tio n d e la ru b riq u e
                                                                                                                p ro c é d u re
               Rejet d’eaux pluviales dans les eaux douces superficielles ou sur le sol ou dans le sous-
               sol, la surface totale du projet, augmentée de la surface correspondant à la partie du
               bassin naturel dont les écoulements sont interceptés par le projet, étant :
 2.1.5.0                                                                                                       Autorisation
                     -    supérieure ou égale à 20 ha (A)
                    -     supérieure à 1 ha mais inférieure à 20 ha (D)

               Installations, ouvrages, remblais et épis, dans le lit mineur d’un cours d’eau, constituant :
                      -    un obstacle à l’écoulement des crues (A)
 3.1.1.0              -    un obstacle à la continuité écologique (A ou D)                                     Autorisation
               Ouvrage de régulation dynamique dans le lit mineur du cours d’eau au niveau du marais
               de l’Estanel
               Installations, ouvrages, remblais dans le lit majeur d'un cours d'eau :
                      -    surface soustraite supérieure ou égale à 10 000 m² (A)
 3.2.2.0                                                                                                       Déclaration
                      -    surface soustraite supérieure ou égale à 400 m² mais inférieure à 10 000 m² (D)
               Remblai en bordure du marais de l’Estanel : diminution d’une surface de 4000 m2
               Plans d'eau, permanents ou non :
                      -    dont la superficie est supérieure ou égale à 3 ha (A)
 3.2.3.0              -    dont la superficie est supérieure à 0.1 ha mais inférieure à 3 ha (D)               Autorisation
               Utilisation du marais de l’Estanel comme ouvrage de rétention, d’une superficie supérieure
               à 3 ha
Tableau 1 : Rubriques de la nomenclature dans lesquels les ouvrages et travaux doivent être rangés

2BZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34)                                                                                 Page 21
Pièce 4 - Document d’incidences du projet sur la ressource en
eau, le milieu aquatique, l’écoulement, le niveau et la qualité
             des eaux, y compris de ruissellement

2BZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34)                  Page 22
1.        Eta t in itia l la re s s o u rc e e n e a u ,
            le m ilie u a q u a tiq u e ,
            l’é c o u le m e n t, le n ive a u e t la
            q u a lité d e s e a u x e t d e s é lé m e n ts
            a s s o c ié

1.1 Milie u p h ys iq u e
Le site est localisé sur les territoires de la ville de Lattes et Pérols, dans la plaine du Languedoc, non
loin de la mer Méditerranée. L’emprise de la ZAC ODE Acte 2 présente une topographie relativement
plane en raison de sa situation au sein de la plaine littorale. Le relief décline du Nord au Sud et de
l’Ouest vers l’Est.
Le département de l’Hérault bénéficie d’un climat méditerranéen aux étés chauds et secs et aux hivers
doux et humides. Les extrêmes de température sont tempérés dans le secteur par la présence des
étangs et l’action estivale de la brise de mer.
Les précipitations sont typiques du climat méditerranéen avec une période sèche durant l’été, et un
automne pluvieux. La hauteur totale des précipitations est de 629.1 mm par an, ce qui est assez
élevé, mais le nombre moyen de jours de pluie dans l’année est assez faible (57.8), ce qui traduit des
épisodes pluvieux brefs mais intenses. Les précipitations peuvent ainsi être violentes.
Un épisode pluvieux ayant généré des désordres importants a été observé le 29 septembre
2014. Celui-ci a permis de faire un retour critique sur les cartographies de zones inondables établis
dans le cadre du schéma directeur hydraulique du Nègue Cats réalisé en 2014.

La valeur de la pluie observée le 29 septembre 2014 dont l’épicentre était centré sur la station
pluviométrique de Fréjorgues est la suivante :

 La pluie observée en 1h est de 92.7 mm

 La pluie observée en 24h est de 299,5 mm

Cette pluie est comprise entre une pluie centennale et une pluie exceptionnelle (1.8 fois la pluie
centennale).

La zone inondable observée le 29 septembre 2014 est similaire à celle de la crue centennale
identifiée au schéma directeur sur les secteurs aval. Sur la partie intermédiaire, qui concerne de
nombreux enjeux (lycée Champollion, zones d’activités, …), la zone inondable établie dans le cadre
du schéma directeur est même supérieure aux observations du 29 septembre.

2BZAC ODE Acte 2 - Lattes et Pérols (34)                                                           Page 23
Cet événement démontre que la pluie retenue et les résultats des modélisations réalisées dans
le schéma directeur sont fiables et représentent même de manière réaliste le fonctionnement
du bassin versant en crue.

En effet, l’enveloppe des zones inondables dépend essentiellement du volume de la lame d’eau
ruisselée et pas seulement de l’intensité de la pluie.
L’événement du 29 septembre 2014, bien que supérieur à une occurrence centennale, a permis
de démontrer la fiabilité du schéma directeur, dont les principaux aménagements ont été
vérifiés jusqu’à une crue exceptionnelle.

1.2 Milie u a q u a tiq u e
Géologie
La région montpelliéraine constitue une zone de transition avec au Nord, les premiers contreforts des
garrigues occupés par des collines boisées et des plateaux calcaires, et au Sud, la plaine littorale
recouverte, dans sa plus grande partie, de matériaux détritiques et d'alluvions.
Les formations géologiques alluvionnaires sont sujettes à d’éventuels tassements lors de la réalisation
d’aménagements.

Domaines hydrogéologiques

La zone d’étude est localisée sur la plaine littorale. Cette unité hydrogéologique est constituée par un
épandage de Cailloutis du Villafranchien déposés dans une zone effondrée entre les collines des
calcaires des Garrigues et le littoral. Latéralement, la plaine littorale (ou plaine de Mauguio Lunel) est
limitée par les cours du Lez et du Vidourle.
Le sens d’écoulement des eaux (souterrain et superficiel) est Nord-ouest - Sud est en direction de
l’Etang de l’Or (Etang de Mauguio) et du canal de Lunel.
En bordure rive gauche du Lez, un haut fond Pliocène constitue une ligne de crête piézométrique
avec écoulement vers l’Etang de Mauguio à l’est, et vers le Lez et l’Etang de Pérols à l’ouest.

Captages d’alimentation en eau potable
Concernant les périmètres de protection AEP, deux sont situés à proximité du périmètre du projet :
 Le périmètre de protection éloignée des forages de Vauguières F1 et F2 (Mauguio),

 Le périmètre de protection éloignée du forage Garrigue Basse (Mauguio).

La ZAC ODE Acte 2 n’interfère pas avec les périmètres de protection réglementaire des captages
AEP les plus proches (le PPE des puits F1 et F2 de l’usine, se situe directement à l’Est de la RD 66, à
environ 1 km de l’aire d’étude.). Du fait de la couche de limons fins et argiles qui la surplombent, la
nappe est peu vulnérable à des pollutions accidentelles dues à des déversements de produits
polluants ou hydrocarbures sur les sols.

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Réseau hydrographique
Le réseau hydrographique de l’aire d’étude est essentiellement constitué de la branche principale du
Nègue Cats, le marais de l’Estanel, et des deux affluents du Nègue Cats que sont l’Estagnol et le
Fenouillet.
Le marais de l’Estanel est alimenté par le réseau pluvial de zones d’activité et par un réseau de fossés
prenant naissance dans les coteaux du Domaine de Couran, par les eaux de ruissellement des
secteurs limitrophes (Solis, Soriech..) ainsi que par les fossés bordant les chemins ruraux et la RD
172. En sortie du marais, le cours d’eau traverse l’Avenue G. Frêche (ex-RD 21) par le biais d’un
cadre de 2 x 1 m directement connecté à une buse canalisant les eaux sous le parking de Carrefour
Grand Sud. En sortie de buse, un cadre de 4,2 m x 2,1 m rétablit l’écoulement sous la RD 21E6. Il
traverse la route d’accès à la ZAC Ode Acte 1 puis circule dans le fossé recalibré avant de se rejeter
dans le bassin de rétention de la ZAC Ode Acte 1

Le ruisseau du Fenouillet est alimenté par le bassin versant rural situé au lieu-dit la Garrigue puis par
le réseau pluvial de la ZAC du Fenouillet où se trouvent deux bassins de rétention en série. A la sortie
des bassins, le Fenouillet traverse l’Avenue G. Frêche par le biais d’un cadre de 1,2 m x 1,2 m puis
rejoint la branche principale du Nègue- Cats au droit du Parc de la Méditerranée.
Le ruisseau du Nègue-Cats et son bassin versant
Le ruisseau du Nègue-Cats prend sa source au Nord de l’aire d’étude, en amont de l’autoroute A9, sur
la commune de Montpellier. Il traverse l’aire d’étude selon un axe Nord-ouest – Sud-est et chemine
entre la RD 66 et l’Avenue Georges Frêche jusqu’au Nord de l’Arena avant de franchir le RD 66. Le
ruisseau continue jusqu’à son exutoire, l’étang de l’Or, via l’étang des Salins.
La déclivité générale du Nègue-Cats, de l’ordre de 4 ‰, et la condition limite aval imposée par le
niveau de l’étang des Salins rendent les écoulements des eaux de ruissellement très difficiles dans le
secteur du projet ODE à la Mer.

Le bassin versant du Nègue Cats draine une surface de près de 1200 ha située sur quatre communes
limitrophes : Montpellier, Lattes, Pérols et Mauguio.

Le long de son parcours, la branche principale du Nègue Cats reçoit cinq affluents principaux : la
branche n°2 : Ruisseau issu du Mas de la Combelle, la branche n°3 : Ruisseau de l’Estagnol, la
branche n°4 : Ruisseau du Fenouillet, la branche n°5 : Ruisseau prenant sa source à l’aval de la
Méjanelle et la branche n°6 : ce ruisseau draine toute la partie Est du bassin versant, depuis le
domaine de la Planchude pour confluer avec la branche 5 au niveau du giratoire d’intersection entre la
RD66 et la RD 172.
La ZAC ODE Acte 2 est située sur les bassins versants des branches 3 et 4 du Negue Cats,
affluents de la branche principale.

Le réseau secondaire d’assainissement pluvial
La ZAC voisine de Fréjorgues Ouest est drainée par un réseau de conduites enterrées ainsi que par
une noue principale enherbée. Le réseau pluvial est connecté à un bassin de rétention situé au droit
de la traversée de la branche 5 du Nègue-Cats sous la RD 66. L’exutoire de ce bassin est connecté à

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une conduite qui se rejette dans la branche principale du Nègue-Cats entre la ZAC des Commandeurs
et l’actuelle ZAC ODE Acte 1.
Le quartier résidentiel de Boirargues est drainé par un réseau de collecteurs enterrés vers un fossé
longeant Conforama puis la limite Nord du parking du centre commercial Carrefour Grand Sud
(Lattes). Un ouvrage important connecte le quartier de Boirargues à ce fossé. Quatre autres rejets
pluviaux secondaires drainent également ce quartier vers le même exutoire. La capacité d’évacuation
pluviale de ce fossé est fortement limitée par une buse qui favorise les débordements sur le parking
de Carrefour. L’exutoire final des eaux pluviales du quartier de Boirargues est la zone humide de
l’Estanel au niveau de la sortie Est de Carrefour.
Le centre commercial de Carrefour Grand Sud est drainé par un réseau enterré de conduites dont
l’exutoire se fait au niveau de la sortie Est par le biais d’une conduite béton.

Les enjeux et les dysfonctionnements constatés
Diagnostic et enjeux sur le Nègue-Cats
Sur le bassin versant de la branche principale du Nègue Cats, de nombreux enjeux sont recensés.
L’ouvrage de franchissement de la RD189 est insuffisant pour des évènements pluvieux fréquents,
ce qui entraine une coupure de cet axe de communication et des commerces situés à proximité.
Immédiatement à l’aval de la RD189, le lycée Champollion constitue un enjeu fort : inondation de la
partie basse du Lycée. Enfin à la traversée du secteur du Parc Méditerranée la capacité du Nègue-
Cats est faible.
Inondation de la zone humide de l’Estanel à l’état existant pour la crue centennale
La zone humide du marais de l’Estanel constitue une vaste zone d’expansion pour les écoulements
pluviaux situés en amont de l’avenue G. Frêche (apports des campings, de la zone économique du
Soriech…).
En l’état actuel, les ruissellements pluviaux pour une crue centennale se déversent dans la zone
humide de l’Estanel et inonde quasi-intégralement celle-ci.
La figure ci-après indique la hauteur d’eau en crue centennale :

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Figure 3 : Zone d’expansion des eaux sur la zone humide de l’Estanel en crue centennale

Diagnostic et enjeux sur le secteur du bassin versant de l’Estagnol
Les apports de la zone urbanisée de Boirargues contribuent fortement à la problématique inondation
du parking de Carrefour.
Le centre commercial Carrefour Grand Sud est touché par des inondations.

Diagnostic et enjeux sur le secteur du Fenouillet
La Zone d’Activité Economique du Fenouillet constitue également un enjeu important sur le bassin
versant du Nègue Cats.
Ainsi, lors d’évènements pluvieux importants, une partie de cette zone est fortement inondée.
Enfin, le secteur situé à l’amont de la RD66 (Parc d’activité de la Méditerranée) constitue le
réceptacle de l’ensemble des écoulements de la partie ouest du bassin versant du Nègue cats. Ce
secteur dont les écoulements sont contrôlés par les niveaux de l’étang des Salins et la capacité de

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l’ouvrage de franchissement de la RD66 est fortement inondable pour des évènements pluvieux
courants.

Les enjeux liés au risque inondation constituent donc un enjeu fort qu’il est impératif de
prendre en compte pour les projets d’urbanisation sur le bassin versant.

Aspects quantitatifs et risques d'inondation

Les Plans de Prévention des Risques inondation (PPRi)
Les Plans de Prévention des Risques d’Inondation des communes concernées par le projet sont:
 Pérols : approuvé le 06 Février 2004.

 Lattes : approuvé le 06 Juin 2013
Hormis l’avenue Georges Frêche au droit du secteur du Fenouillet, pour laquelle aucun aménagement
spécifique n’est prévu par le projet, la ZAC ODE Acte 2 n’est concernée par aucun des zonages
d’aléa inondation des PPRi en vigueur.
Pluviométrie
Dans le cadre du présent dossier, nous retiendrons les ajustements réalisés par Ingerop sur le poste
de Fréjorgues.
Ces données pluviométriques ont été soumises à l’approbation des services de l’Etat dans le cadre
des études hydrauliques menées pour le doublement de l’A9.
Ces données ont été reprises dans le Schéma directeur du Negue Cats.
Calcul des débits de pointe

Le modèle utilisé est le modèle PCSWMM. La mise en œuvre de ce modèle permet de reconstituer
les hydrogrammes de crue et les débits de pointe ainsi que de calculer les volumes écoulés en divers
points du réseau hydrographique, compte tenu de l’occupation des sols et d’un épisode pluvieux de
fréquence donnée.
Les pluies de projet utilisées pour l’évaluation des débits de crue sont des pluies de type Keiffer
(Chicago) de durée intense 30mn et de durée totale 24h.

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